Pingos de Chuva

Estou no décimo terceiro andar de um prédio qualquer...
Vejo a cidade nublada, fria e chuvosa...
Os pingos de chuva escorrem pelas janelas
Olho fascinada para elas
Sou invadida por uma paz tão grande...

A chuva exerce esse poder sobre mim
Acalma meu coração confuso...
Acalma minha alma inquieta...

E quando a chuva vai embora

Eu volto a ser o que sempre sou...

A menina...

Depois de passar no blog de um amigo e ler uma bela reflexão, fiquei me perguntando onde foi parar a menina que um dia fui ...

Aquela tímida menina de cachinhos dourados e cheia de sonhos deu lugar a uma mulher cética, prática e sem ilusões.

Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência, ou seja, por uma questão de sobrevivência, somos obrigados a sermos uns melhores que os outros, afinal, apenas o mais forte sobrevive.

Ligamos o “piloto automático” e perdemos toda a beleza e a simplicidade da vida. Nos tornamos pessoas duras, vazias, solitárias, amargas e infelizes...bem diferente da criança ingênua e cheia de sonhos que fomos um dia.

Não sei quando essa transformação ocorreu em mim, acho que só a notei hoje...talvez tenha simplesmente crescido e enxergado que o mundo não era “cor-de-rosa” como eu pensava.

Muitos sonhos ficaram pelo caminho, restaram apenas as lembranças e a saudade de uma infância feliz...talvez a única época em que fui realmente feliz.

Mais do Mesmo...muda o ano, mas nada muda...

“...é dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre!” (Drummond)


Será que em 2009 conseguiremos despertar esse "Ano Novo" dorminhoco?


Tomara!